O senador Efraim Filho (União Brasil–PB) negou qualquer exclusão do ex-deputado federal Major Fábio Rodrigues (Novo) na formação da chapa majoritária da direita na Paraíba para 2026. Em entrevista nesta quarta-feira (15) ao programa Correio Debate, da rádio Correio 98 FM, o senador reagiu com cautela às declarações públicas do pré-candidato ao Senado Federal, que vinha cobrando uma definição por parte do PL e de Efraim sobre a composição do grupo.
“O partido Novo sabe que tem em nós uma mão estendida e um canal aberto de diálogo. Já conversamos nesta semana e, inclusive, tivemos uma importante vitória em Brasília na pauta de redução de impostos — uma agenda comum entre mim e o Novo. Vejo espaço para construirmos uma aliança, com nomes como o pastor Sérgio, José Carneiro, Major Fábio, e termos o Novo conosco nessa caminhada até 2026. É uma parceria de mão dupla que pode, sim, se concretizar”, afirmou o senador.
A declaração vem após Major Fábio, já lançado oficialmente ao Senado pelo Partido Novo, afirmar que aguarda apenas a decisão de seus potenciais aliados – em especial do PL, que já confirmou o nome do ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga para a disputa por uma das vagas. A outra ainda segue em aberto, o que tem gerado especulações e tensão dentro da base bolsonarista.
Fábio, que busca fortalecer a presença da direita conservadora no estado, tem enfatizado sua disposição de unir forças no campo bolsonarista, apostando em um discurso alinhado com valores religiosos, de segurança pública e do setor rural. O ex-deputado pretende percorrer o estado para consolidar sua pré-candidatura e reforçar laços com bases militares e evangélicas — nichos onde possui histórico de atuação.
Com duas vagas ao Senado em disputa em 2026, a composição da chapa será estratégica para os grupos que orbitam o campo conservador. A possível candidatura de Efraim Filho ao Governo do Estado deve liderar o palanque bolsonarista, com Marcelo Queiroga já como nome certo ao Senado, mas o segundo nome continua em aberto.
Nos bastidores, aliados de Efraim avaliam que a composição final só será fechada mais adiante, com base em pesquisas e costuras políticas que envolvem União Brasil, PL, Novo e outras siglas do campo da direita.
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