Dom Delson toma decisão de líder e não de chefe

Por Fonte83 - 22/02/2021

O arcebispo da Paraíba, Dom Manuel Delson, mostrou a sensatez de um líder que muitos não têm demonstrado. Agiu com pulso firme naquilo que faz parte de sua alçada. Desagradou? Infelizmente a alguns que não compreendem que o líder religioso toma decisões naquilo em que lhe compete.

Facilitaram no Carnaval e agora estão vendo as consequências? Sim! Mas nem de longe Dom Delson poderia interferir nisso. Aliás, bem que tentou! E se os paraibanos tivessem seguido os conselhos expostos em suas pregações, nenhum deles teria aglomerado durante a festa profana. 

Agora, Dom Delson é obrigada a interferir na festa religiosa da Quaresma não por culpa dele, mas por culpa de cada um que saiu e lotou bares, restaurantes, praias e shoppings desrespeitando o isolamento e todas as regras das autoridades em saúde, muitos deles, diga-se se passagem, incentivados pela alienação do presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem sido o maior mau exemplo entre todos.

No Instagram da Arquidiocese várias críticas estão sendo feitas por conta da decisão do arcebispo. Isso graças a conquista democrática da liberdade de expressão não apregoada e nem defendida por muitos bolsonaristas. 

O que me fez lembrar de uma música de Padre Fábio de Melo que diz o seguinte:

“Se os bons combates eu não combater
Minha coroa não conquistarei
Se minha carreira eu não completar
De que vale a minha fé tanto guardar
Se perseguido aqui eu não for
Sinceramente um cristão não sou
A Tua glória quero conhecer
Viver a experiência de sobreviver”.

Dom Delson entende muito bem a sua posição de líder verdadeiro, porque sabe que o sacrifício pelo bem comum é necessário em alguns casos, e nesse da pandemia é um desses.

Enquanto isso, esperamos que cada cidadão se conscientize que essa luta é de todos, não apenas dos governos nem de seus líderes religiosos.

É preciso urgente entender que as regras de isolamento e cuidados com a saúde devem continuar sendo seguidas, do contrário, a pandemia nunca acabará, especialmente nesse país onde a vacina vem sendo menosprezada por muitos.

Como diria o comunicador Raul Gil: Dom Delson, pra o senhor eu tiro o meu chapéu.