A Paraíba registrou em 2024 a primeira queda significativa no nível de desigualdade de renda após três anos consecutivos de alta. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Gini do estado recuou para 0,513, revelando uma melhora relevante na concentração de renda em comparação aos 0,584 registrados em 2023.
O levantamento integra o módulo “Rendimento de Todas as Fontes” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), e mostra que, embora ainda superior às médias nacional (0,488) e do Nordeste (0,510), a desigualdade na Paraíba atingiu seu menor patamar desde o início da série histórica. Entre 2020 e 2023, o estado havia acumulado aumentos sucessivos no índice de concentração de renda.
Um dos destaques do estudo foi a razão entre os rendimentos médios dos 40% mais pobres e o 1% mais rico, que caiu de 78,4 vezes em 2022 para 32,2 vezes em 2024 — o menor valor desde o início do acompanhamento desse indicador. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita dos 40% mais pobres foi de R$ 435, enquanto o 1% mais rico recebeu, em média, R$ 13.986.
Rendimento do trabalho recua, apesar de avanço nacional
Contrariando a tendência regional e nacional, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas com 14 anos ou mais caiu 8,1% na Paraíba,