Os advogados do Padre Egídio de Carvalho deram entrada em um pedido de prisão domiciliar para o religioso. A defesa aponta uma série de doenças que seriam justificativa suficiente para que ele cumpra a detenção em casa. É argumentado também que Padre Egídio precisa dar continuidade ao tratamento das doenças apresentadas e que isso não pode ser feito dentro da penitenciária.
Os advogados alegam, no pedido, que Padre Egídio precisa cuidar da mãe que tem 92 anos e de uma irmã, que estariam sob os cuidados do religioso.
É alegado, ainda, que no momento da decretação da prisão de Padre Egídio, ele já se encontrava afastado de suas atividades, não tendo mais nenhuma ingerência nas contas do instituto ou de qualquer órgão ele vinculado.
Os advogados questionam a prisão do religioso e argumentam que ele tem bons antecedentes, residência fixa e é réu primário.
Padre Egídio foi preso em decisão do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que atendeu a um recurso do Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB). Segundo o Ministério Público, Padre Egídio é acusado de liderar esquema que teria desviado R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé. Com o dinheiro, diz o MP, ele teria adquirido 29 imóveis de luxo em estados como a Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Paraná.