Vitória gigante! Este é o simbolismo da reeleição do governador João Azevêdo (PSB), consolidada neste domingo (30). O atual chefe do Poder Executivo conseguiu, de uma lapada só, vencer grande parte do PIB eleitoral da Paraíba, e se consolida como a maior liderança do Estado. Isso é inegável, diante dos resultados das urnas.
É verdade que Pedro Cunha Lima (PSDB) obteve um bom resultado. De candidato a governador substituto, ele apresentou competitividade, chegando ao segundo turno com chances reais de vitória.
Mas, é preciso enaltecer a vitória de João Azevêdo, que surpreendeu a muitos jornalistas e políticos. Escrevo isso pela quantidade de lideranças e caciques da política que a candidatura tucana conseguiu arregimentar, tanto no primeiro como no segundo turno das eleições estaduais.
Eu alertei em recente artigo publicado no Fonte83. Setores da classe política, da imprensa, e de outros segmentos desdenharam do poder de articulação do governador João Azevêdo e da força que tem a presença da gestão no interior do Estado. Ele venceu em 170 das 223 cidades do Estado. A força do interior do também fez a diferença.
Nem as grandes alianças que Pedro Cunha Lima conseguiu arregimentar no segundo turno foram suficientes para reverter os mais de 343 mil votos que deram a vitória a João no primeiro turno.
Eu falo de políticos como o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB); como o candidato a senador Pastor Sérgio Queiroz (PRTB) e o deputado federal eleito Cabo Gilberto (PL) – mais votados em João Pessoa; o deputado estadual reeleito Wallber Virgolino (PL), entre outras lideranças com mandato que anunciaram adesão a Pedro no segundo turno. Nesse quesito, me refiro também ao ex-governador Ricardo Coutinho (PT). Não se engane, este último trabalhou pesado nos bastidores para derrotar João.
O palanque da oposição também juntou líderes incontestes da política paraibana que estiveram com Pedro desde o início, como o senador eleito Efraim Filho (União Brasil) e seu pai, Efraim Morais; o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima; o ex-prefeito de Campina Grande e deputado federal eleito, Romero Rodrigues (PSC); e o ex-governador e ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), pai do candidato e exímio articulador político.
João também enfrentou a hostilidade do Governo Federal, do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do Bolsonarismo, que fez oposição e trancou a maioria absoluta das verbas públicas destinadas ao Estado da Paraíba.
Além de todo esse arsenal, João enfrentou uma Operação Calvário e a pandemia que só ocorre em cada século. Também teve Oposição acirrada na Assembleia e fogo amigo constante de seus aliados deputados. Sem falar na briga kamikaze em plena formação de chapa entre o PP de Aguinaldo Ribeiro e o Republicanos de Hugo Motta.
Esse homem, beirando os 70 anos e que nunca foi político, resistiu a tudo isso. E ainda conseguiu vencer um jovem bem articulado de 34 anos tendo na retaguarda , repito, Cássio Cunha Lima, Ricardo Coutinho, Veneziano Vital, Efraim Filho, o fogo amigo, as traições, o bolsonarismo e o Governo Federal. Impressionante.