Campina Grande vive uma crise profunda na gestão da saúde pública municipal, com atrasos no pagamento de prestadores, paralisação de serviços e falta de recursos para 2025. Nesta quinta-feira (23), o secretário de Estado da Administração, Tibério Limeira, criticou duramente a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) e destacou que o governo estadual tem assumido o papel de suporte na saúde da cidade.
“Se a prefeitura fosse uma empresa, já teria pedido recuperação judicial ou falência. São meses de salários atrasados para prestadores da saúde, e isso não é responsabilidade do governo do Estado, porque quem contrata tem que ter dinheiro para pagar. O governo do Estado tem salvado a saúde de Campina Grande”, afirmou Limeira em entrevista ao programa Meio-Dia Paraíba da rádio POP FM.
Ele citou como exemplos a abertura do Hospital de Clínicas durante a pandemia e a construção do Hospital da Mulher, ambos iniciativas do governador João Azevêdo. Também destacou o hospital de trauma, que segundo ele “não existia” antes da gestão estadual. “O governo tem firmado parcerias para realizar milhares de procedimentos no HELP, ajudando pacientes oncológicos e outras especialidades, enquanto a prefeitura não consegue garantir os serviços básicos”, completou o secretário.
Tibério ainda afirmou que o prefeito Bruno Cunha Lima “abandonou a gestão”, com a classe política local insatisfeita e a administração em colapso.
O cenário municipal de saúde se agrava: na última terça-feira (21), o secretário executivo de Finanças da prefeitura, Felipe Gadelha, revelou que todos os recursos próprios previstos para a saúde em 2025 já foram usados nos primeiros nove meses deste ano. Na quarta-feira (22), vereadores de oposição protocolaram pedido para abrir uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Saúde, visando investigar irregularidades na gestão da área.
O vereador Anderson Pila (PSB), líder da oposição, criticou a paralisação de serviços e atrasos nos repasses do Fundo Municipal de Saúde, além de afirmar que o prefeito perdeu a chance de renunciar durante o aniversário da cidade, alegando incapacidade de gerir o setor.
Com o quadro de crise e tensões políticas, a saúde de Campina Grande segue em alerta, enquanto o governo estadual reforça seu papel de protagonista no atendimento à população local.
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