Está corretíssimo o vice-governador Lucas Ribeiro quando afirmou hoje: “É preciso ter posição. Não adianta querer servir a dois senhores”, se referindo a lideranças que tentam manter vínculos tanto com Cícero Lucena quanto com João Azevêdo. O famoso lá e lô da política ou colocar os dois pés em duas canoas.
O governador João Azevêdo, ao perder o apoio do prefeito Cícero Lucena, surpreendeu a imprensa e a classe política paraibana ao deixar claro que não há espaço para acordos pela metade. Ou Cícero estava com ele e Lucas ou estava com a oposição e contra ele, apesar de Cícero e, agora, o deputado Mersinho, reafirmarem que vão votar em João para o Senado.
Só que essa postura de João e Lucas parece que não chegou a Nabor Wanderley e os seus aliados que articulam sua candidatura ao Senado na chapa governista. Oficialmente aliado do Governo, nos bastidores ele se aproxima de nomes que fazem oposição a João e Lucas, a exemplo de Romero Rodrigues, Ruy Carneiro, Tovar Correia Lima e Bruno Cunha Lima. O anúncio desses apoios só deverá ocorrer depois de 3 de abril e os motivos todos já sabem: é a data de desincompatibilização dos mandatos para quem quer concorrer nas eleições do próximo ano.
“Hugo Motta, presidente da Câmara, já negocia relatorias para Romero e Ruy em troca de apoio a Nabor”, me confidenciou um deputado com trânsito em vários setores da política paraibana.
A política local já conhece histórias de candidatos que fizeram campanha em um palanque e se elegeram pelos votos também dos palanques adversários. Esperar coerência dos políticos é muito difícil, mas pelo menos espera-se o mínimo de respeito ao eleitor, juiz que vai decidir este processo daqui a exatamente um ano.
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