O secretário de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga Filho, rebateu nesta sexta-feira (24) as declarações do deputado federal Gervásio Maia (PSB) sobre sua possível indicação para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Em entrevista à imprensa, o secretário classificou a fala do parlamentar como “uma opinião pessoal” e defendeu que o tema deveria ter sido debatido internamente no partido.
“Eu vi as declarações do deputado, é uma opinião pessoal dele. Não há o que comentar. Ele pensa daquela forma, mas evidentemente, da forma que foi colocado meu nome, o governador pensa de outra forma. Na minha visão, essa discussão devia ser mais interna, dentro do partido, mas infelizmente foi externada pelo deputado”, afirmou Queiroga.
O secretário, que chegou a ser cotado tanto para a vice na chapa de Lucas Ribeiro (PP) quanto para a vaga de conselheiro do TCE-PB, também lamentou a saída de Gervásio da executiva estadual do PSB. “A gente lamenta. Foi presidente do partido até agora. Ele pediu para sair alegando motivos pessoais, o fato de ter uma agenda muito intensa em Brasília, mas é lamentável que isso tenha acontecido”, acrescentou.
Na véspera, Gervásio Maia havia criticado publicamente a articulação em torno do nome de Deusdete Queiroga para o TCE, afirmando que o movimento foi um “erro político” e deveria ter sido discutido no âmbito partidário. Para o deputado, enviar o secretário para a Corte de Contas seria “um desperdício político”, já que ele representa um quadro importante do PSB e do governo estadual.
A divergência interna ocorre em meio à disputa pela sucessão do conselheiro Fernando Catão, que se aposentou nesta semana após 21 anos de atuação na Corte. Embora a vaga pertença à cota da Assembleia Legislativa da Paraíba, o governo mantém influência direta no processo, e Queiroga é apontado como um dos nomes preferidos do Palácio da Redenção, caso haja consenso entre Executivo e Legislativo.
O episódio expôs novamente as tensões dentro do PSB, partido do governador João Azevêdo, que tenta manter a unidade da base aliada diante das movimentações políticas que antecedem as eleições de 2026.
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