O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), sinalizou na noite desta terça-feira (28) que a escolha do seu vice na disputa pelo Governo da Paraíba em 2026 pode ficar entre Pedro Cunha Lima (PSD) e Romero Rodrigues (Podemos). O gestor reforçou que as conversas estão avançadas com o grupo Cunha Lima, sob articulação direta do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB), que buscará a reeleição ao Senado Federal na mesma chapa.
“Pedro e Romero são valores importantes para a política paraibana. Qualquer um deles somará força e experiência. O critério será o diálogo e o compromisso com o projeto de futuro para o Estado”, disse Cícero durante entrevista ao podcast Tal da Política.
Rebate a Daniella e alfineta Lucas Ribeiro
As declarações ocorreram após Cícero rememorar a crise que levou à sua saída do Progressistas, partido presidido na Paraíba pelo ex-deputado federal, Enivaldo Ribeiro, pai da senadora Daniella Ribeiro (PP). A parlamentar havia o acusado de “traição” ao anunciar pré-candidatura sem o aval da direção da legenda, que optou por apoiar o nome do vice-governador Lucas Ribeiro (PP).
Cícero reagiu com firmeza: “A minha história não será julgada pela opinião de uma pessoa. Ela será julgada pela minha prática de lealdade e correção ao longo de mais de 30 anos de vida pública. Talvez tenha havido emoção pelo fato de a senadora defender a candidatura do filho, o que é legítimo, mas eu não fui ouvido e não aceitei imposição”, rebateu.
Segundo o prefeito, o PP tomou uma decisão “de cima para baixo”, impondo o nome de Lucas Ribeiro sem critérios técnicos. “Eu estava em primeiro lugar nas pesquisas e mesmo assim fui comunicado pela imprensa de que o partido havia escolhido outro candidato. Isso não é comportamento democrático”, criticou.
Desde então, Cícero se aproximou do senador Veneziano, presidente estadual do MDB, e já marcou para 17 de novembro sua filiação oficial ao partido, às 15h, na Maison Blunelle, em João Pessoa, em evento que contará com o presidente nacional Baleia Rossi.
O prefeito adiantou que a decisão de deixar o PP foi comunicada pessoalmente ao governador João Azevêdo (PSB) e que, a partir de agora, pretende construir um projeto “coletivo e sem imposições”. “Não deixei o governo por conveniência, mas por coragem e por acreditar que a Paraíba pode mais. Tenho experiência de gestão e quero levar o que deu certo em João Pessoa para o interior do Estado”, explicou.
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