O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), afirmou nessa segunda-feira (28) que está disposto a abrir mão de uma possível candidatura ao Governo da Paraíba em 2026, desde que haja uma justificativa política clara e consistente para tal decisão. A declaração foi feita em entrevista ao programa Frente a Frente, ancorado pelo jornalista Luís Tôrres, na qual o gestor destacou que sua desistência só ocorreria mediante uma razão que envolva o entendimento coletivo dentro do grupo político.
“Tem que ter o porquê. Como qualquer outro que tiver melhores condições. Se o grupo achar que deve fazer uma concessão, isso tem que ser colocado na mesa, e a pessoa tem que compreender as razões disso”, afirmou Cícero, ao comentar as articulações para a sucessão estadual.
Entre os possíveis “porquês” citados por ele estão a tentativa de reeleição da senadora Daniella Ribeiro (PP) ou uma eventual candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), caso este venha a assumir o governo estadual com uma eventual saída do governador João Azevêdo para disputar o Senado.
“Daria para ser Daniella? Os dois [Lucas e Daniella] já disseram que não. Então, nem tudo que é natural é o que pode vir a acontecer. Isso é uma avaliação”, ponderou o prefeito.
Cícero reagiu ainda a uma fala recente do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), que considerou “natural” a candidatura de Lucas Ribeiro ao Governo. Ao comentar o cenário, Cícero sugeriu que a família Ribeiro deve tomar uma decisão entre os dois nomes.
O prefeito também descartou qualquer possibilidade de se candidatar pela oposição, rebatendo especulações sobre seu nome em outro campo político. “Quem cogita uma candidatura minha pela oposição não conhece a minha trajetória. Sou o maior exemplo de lealdade. Pode ter alguém igual, mas mais do que eu, não”, disse.
Cícero ressaltou que só entrará na disputa pelo Palácio da Redenção se tiver o apoio do governador João Azevêdo (PSB). Para ele, o projeto coletivo da aliança deve se sobrepor a interesses pessoais: “Esse projeto está sendo bom para a Paraíba, então ele tem que ser maior do que a vontade individual de qualquer um”, concluiu.