Estou aqui longe de desmerecer o trabalho e barulho feito pelo deputado Cabo Gilberto sobre a polêmica Lei de proteção social dos militares.
Mas quando a coisa sai do institucional e vai para a política, a classe militar perde força inclusive para conversar com o governador e negociar. E é aí onde cabo Gilberto começa a atrapalhar. Pegar carona em algo tão sério e importante para a classe como um todo.
Gilberto está se lixando de fato e de direito com o que está em jogo. Talvez nem conheça profundamente as mudanças, mas se agarra no assunto, vai para uma fratura exposta com o governo para tentar garantir sua reeleição, isso, sim, o Cabo acha que encontrou o mote para sua dificílima reeleição. Ou seja, deixa de ser um assunto administrativo e virar política quando o Cabo quer carregar a bandeira da PM para usar como vitrine eleitoral.
E estou escrevendo sobre o tema, porque a corda se esticando nenhum governo, em virando disputa eleitoral, vai perder para um deputado, se a luta deixar de ser do Cabo e for da instituição, o diálogo com o governador João Azevêdo ganha muito mais força.
É chegada a hora do Cabo deixar de pensar apenas em si, ou seja na sua reeleição e, ao invés de voto, ter humildade da sair de cena para não prejudicar milhares de colegas.
Quem tem acompanhado até esse momento esse movimento se for analisar a fundo é exatamente o que estou a escrever. É um deputado contra o governo, e não uma classe unida para dialogar com o governo para acharem a medida do T.
Esse palanque eleitoral que o Cabo faz com o tema só vai atrapalhar o diálogo do governo com a classe, com aqueles que estão verdadeiramente nas ruas defendendo os paraibanos e não de palitó e gravata na Assembleia ganhando, quando se soma tudo, quase 100 mil reais.