O presidente estadual do PL na Paraíba e ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e fez duras críticas ao julgamento iniciado nesta terça-feira (2) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa uma denúncia por tentativa de golpe de Estado contra Bolsonaro e sete integrantes de seu governo.
Em entrevista ao portal Fonte83, Queiroga classificou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República como “fantasiosa” e sem base fática. Segundo ele, o processo tem origem em uma delação premiada feita por um réu preso — estratégia que, segundo o próprio Queiroga, já foi duramente criticada por ministros da Corte em outros tempos.
“Nós temos certeza da inocência do presidente Bolsonaro. Essa denúncia é baseada numa colaboração premiada feita com o réu preso, algo que já foi questionado até por membros do próprio STF em casos anteriores”, afirmou.
O ex-ministro também criticou a forma como o julgamento vem sendo conduzido, dizendo que há vícios no processo e que Bolsonaro deveria estar sendo julgado na primeira instância, já que atualmente não possui foro privilegiado. “É um julgamento em uma turma do Supremo, quando ele já não tem mais prerrogativa de função. Há um desvio de rito. Além disso, há ministros impedidos de julgar Bolsonaro por motivos que todos conhecem”, disse Queiroga.
O dirigente partidário ainda apontou o que considera um conflito de interesses entre alguns magistrados envolvidos no caso: “O relator é ao mesmo tempo vítima, acusador e juiz. Um dos ministros já comparou Bolsonaro a Satanás. Outro foi advogado do presidente Lula, que tem interesse direto na retirada de Bolsonaro do cenário político.”
Para Queiroga, o julgamento tem forte viés político e compromete a imagem da Corte perante a opinião pública: “É um julgamento que a história cobrará caro. O STF corre o risco de se afastar da confiança do povo brasileiro. Espero que os ministros reflitam e absolvam o presidente dessa acusação cavilosa.”
Entenda o caso
O julgamento iniciado nesta semana envolve o ex-presidente e sete ex-integrantes do governo, entre eles ex-ministros da Defesa, Justiça e do Gabinete de Segurança Institucional, além do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A denúncia da PGR inclui acusações de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio público. O processo, de número 2668, está vinculado aos desdobramentos dos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Segundo as investigações, os réus integrariam um núcleo central responsável por articular, de dentro do governo, um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, alimentando uma rede de desinformação e preparando uma ruptura institucional.
As penas previstas, em caso de condenação, podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Ouça abaixo a entrevista de Marcelo Queiroga ao Portal Fonte83:
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