O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar nesta terça-feira (3) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um novo pacote de medidas fiscais, que substituirá a proposta de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) — duramente criticada por setores do mercado e do Congresso Nacional.
Segundo Haddad, o objetivo do novo plano é garantir previsibilidade e equilíbrio fiscal para 2025 e os anos seguintes, mantendo a meta de déficit zero, mas por meio de ações estruturais, conforme foi solicitado pelos presidentes da Câmara e do Senado. “O plano de voo está bom, até superior ao do ano passado. Dá estabilidade duradoura para as contas públicas”, afirmou o ministro.
Na segunda-feira (2), Haddad se reuniu com Hugo Motta (Republicanos–PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além dos ministros Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, e os líderes do governo no Congresso. O encontro, realizado na residência oficial da Câmara, terminou após a meia-noite.
Sem petróleo no pacote
Apesar de projeções do Ministério de Minas e Energia estimarem uma arrecadação extra de até R$ 35 bilhões com novos leilões de petróleo até 2026, essa proposta ficou fora do pacote.
“Pelo menos metade disso já está contabilizada neste ano para fechar a meta. Mas, sozinha, essa medida não atende ao pedido do Congresso por reformas estruturais”, explicou Haddad.
Questionado sobre possíveis cortes ou mudanças em áreas como saúde, educação e salário mínimo, Haddad evitou antecipar detalhes. A expectativa é que o pacote seja apresentado a Lula antes de sua viagem internacional nesta semana.
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