O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), voltou atrás de suas declarações polêmicas e classificou como “brincadeira” a frase dita em plenário, nessa quarta-feira (24), durante a sessão itinerante de Itaporanga, de que “quem manda é Lula” e que o PT estadual “não manda em porra nenhuma”.
Em entrevista ao Jornal da BandNews, na rádio BandNews FM João Pessoa, nesta quinta-feira (25), Galdino afirmou que respeita o PT, sua história e militância, e que sua fala foi resultado de um momento de descontração, não uma afronta deliberada: “Eu sou de uma geração que tem muito respeito ao PT, ao PCdoB, ao PCB … a democracia que vivemos deve muito à luta de seus militantes”, pontou.
Segundo ele, a polêmica começou quando deputados mostraram uma foto de Cícero Lucena com Edinho Silva e Mersinho Lucena, levando especulações sobre apoios políticos: “Dizia-se: ‘Se Edinho tirou a foto, já estaria autorizado’. Ou: ‘Quem resolve é Lula’. Naquele momento falei: ‘quem manda é Lula’ — não para desmerecer ninguém, nem ferir Cida Ramos, com quem tenho grande amizade e respeito”, afirmou.
Galdino argumentou que sua intenção não foi agredir nem atacar a direção estadual do PT: “Não foi uma fala agressiva. Foi um momento de brincadeira. Nunca quis arranhar autoridade ou ferir feelings partidários”, disse.
Ele também esclareceu que sua declaração foi uma reação ao contexto daquele momento, e que “quem manda” passará pela instância nacional do PT: “Na interpretação da maioria, se Lula autorizou, ótimo. Se não, quem manda é Lula. Era nesse sentido”, explicou.
As falas de Galdino se chocaram com declarações anteriores — ainda na sessão de 24 de setembro — quando o deputado afirmou que passaria por cima da presidente estadual do PT na Paraíba, deputada Cida Ramos e do deputado Luciano Cartaxo se fosse convidado por Luiz Inácio Lula da Silva para se filiar ao PT. O episódio suscitou críticas dentro da legenda estadual, que reagiu em tom de disputa interna.
O recuo público de Galdino ocorre no momento em que ele projeta sua filiação futura ao PT e avança sua pré-candidatura ao Governo do Estado nas eleições de 2026.
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