O prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), saiu em defesa do filho, o deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), após o parlamentar ter sido alvo de ataques nas redes sociais por pautar a votação que derrubou o decreto do Executivo que aumentava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Em entrevista à TV Diário do Sertão, nesta sexta-feira (4), Nabor considerou as críticas naturais em um ambiente político polarizado, mas reforçou que Hugo vem atuando com coragem, equilíbrio e responsabilidade. “Quem está naquela cadeira precisa ter coragem de pautar matérias que o país precisa. Nem todas agradam a todos, e isso é parte da democracia. Mas Hugo tem agido com bom senso, sem extremismos, e isso é essencial para garantir a governabilidade”, destacou o prefeito.
Nos últimos dias, circulou nas redes sociais um vídeo em que Hugo Motta é retratado como “um vilão a serviço dos ricos” — uma narrativa que, segundo Nabor, distorce o papel institucional do parlamentar e ignora os desafios da presidência da Câmara.
Críticas ao aumento do IOF
Nabor também declarou ser contrário ao decreto presidencial que previa o aumento da alíquota do IOF. Segundo ele, o momento econômico do país exige cautela e sensibilidade com os setores produtivos. “Não é hora de aumentar impostos. O país já tem uma carga tributária alta. Não podemos transferir mais responsabilidade para os empresários, especialmente os pequenos e médios que mantêm a produção e o emprego”, afirmou.
O prefeito reforçou que a decisão do Congresso reflete a preocupação com o equilíbrio fiscal e o estímulo à economia, além de destacar que a pauta não foi uma escolha isolada de Hugo, mas uma decisão construída entre os líderes partidários da Casa.
Enquanto parlamentares governistas elogiaram a decisão do Executivo de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar restabelecer o decreto, a oposição avaliou a iniciativa como um gesto de confronto entre o Planalto e o Congresso Nacional.
Para Nabor, o papel de Hugo à frente da Câmara tem sido o de mediador, e não o de agente de radicalismos. “Se você coloca um extremista na presidência, de qualquer lado, isso gera instabilidade. O Brasil precisa de diálogo e Hugo tem mostrado essa disposição”, argumentou.
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