Após a recomendação expedida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), o Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB) afirmou nesta sexta-feira (25) que a demolição da ponte sobre o Rio Papocas, localizada na PB-034, será iniciada ainda esta semana. A estrutura liga o Distrito de Cupissura, em Caaporã, ao município de Alhandra, e está interditada desde fevereiro, devido a problemas estruturais agravados pelas fortes chuvas.
Em entrevista ao Portal MaisPB, o diretor de operações do DER-PB, Orlando Soares, explicou que a demolição só não havia sido iniciada antes por conta da ausência de uma licença ambiental, que era exigida pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). Com a autorização liberada recentemente, o órgão já mobilizou equipes e equipamentos para dar início à intervenção.
“Só podemos agir com autorização da Sudema. Com a licença em mãos, estamos com pessoal no local e a demolição deve começar entre hoje e amanhã”, afirmou Orlando.
O diretor também esclareceu que a paralisação anterior da obra se deu por conta da falta de um equipamento essencial, que só chegou na quarta-feira passada (16). Durante esse período, servidores do DER improvisaram uma rota mínima para a passagem de motocicletas, como forma paliativa de manter o deslocamento da população local.
Sobre a recomendação do MPPB, que apontou o uso da ponte interditada e a colocação de tábuas pela própria população para permitir a travessia de motociclistas, o DER afirmou que tentou impedir a circulação, mas enfrentou resistência. “A população não respeitou as interdições. Fizemos bloqueios com tubos, sinalizamos toda a rodovia com placas de alerta, mas houve vandalismo e destruíram nossa sinalização”, relatou.
O promotor de Justiça de Caaporã, Eduardo Luiz Cavalcanti Campos, esteve no local na quinta-feira (24) e verificou que, mesmo com a interdição formal, moradores continuavam atravessando a estrutura comprometida, o que representa grave risco à integridade física dos usuários. O MPPB cobrou do DER um plano emergencial de segurança e um cronograma com soluções definitivas para o caso.
Além da demolição da ponte, o DER informou que implantará um bueiro na obra de restauração da via, embora ainda não haja previsão para a conclusão dos trabalhos. A situação segue sendo monitorada pelo Ministério Público, que destaca a urgência em garantir uma travessia segura para a população da região.
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