Ainda estamos em julho de 2023, portanto, a mais de um ano da eleição, mas parece que estamos prestes a entrar no período de realização das convenções partidárias. Que a imprensa dê destaque às movimentações dos políticos, faça especulações sobre candidaturas, avalie o poder de fogo de cada uma, é parte do nosso trabalho.
Agora, que a antecipação eleitoral contamine a agenda administrativa, a tal ponto de os prefeitos candidatos à reeleição, ou desejosos de elegerem aliados sucessores, envolverem-se em discussões públicas com adversários políticos, como se estivessem já em pré-campanha, não é aconselhável. Como eu disse, estamos ainda em junho de 2023.
Em Cabedelo, o debate eleitoral já ganhou o mundo a ponto de influenciar, em razão da proximidade, a eleição de João Pessoa. É como se o que acontece hoje em Cabedelo fosse uma prévia das alianças que vão acontecer em João Pessoa.
Em Campina, o racha iminente entre o atual prefeito Bruno Cunha Lima e o ex Romero Rodrigues mobiliza a cidade inteira em apostas sobre a força eleitoral de cada um. Em Cajazeiras, o embate entre o PP de Aguinaldo Ribeiro e do prefeito Zé Aldemir, e o PSB de Chico Mendes, líder de João Azevedo na Assembleia, e Júnior Araújo, promete dificuldades para a manutenção da aliança entre os dois partidos.
Talvez o mais correto seja os prefeitos dessas cidades, e outras não citadas, deixarem 2024 para 2024, pois o povo hoje espera que essas administrações melhorem suas vidas. Trabalhar e mostrar resultado é a melhor maneira de fazer política.
