Aguinaldo Ribeiro, sempre reverenciado por seu superpoder de articulação, sai da eleição da Câmara Federal (em que chegou a ser cotado para a disputa da presidência), desse tamanhinho ó…
Gracejos à parte, uma irmã senadora e sua cadeira de deputado, somado a rede de prefeitos que mantém em seu colete, não o encaixa (claro) no tamanho PP (extra small ou muito pequeno).
Mas certamente sua medida não é mais extra large.
A verdade é que seu superpoder falhou. E Aguinaldo sai desse processo – que sinaliza para a vitória de Arthur Lira – com metade ou mais do tamanho que ostentava no Congresso Nacional.
E era imenso. O paraibano era o segundo na hierarquia partidária. Uma voz ouvida, respeitada e temida ao cultivar a fama de ser capaz em dar nó em pingo d’água.
Agora, terá que se acostumar ao novo tamanho. Eleito, Lira passará a comandar o centrão, onde Aguinaldo reinava.
Ele tinha que ter prestado atenção na mudança de rumo dos ventos.
Primeiro, perdeu a indicação do seu próprio partido, o PP. Depois, foi preterido por Baleia Rossi pelo (ainda) presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A realidade é que, pela primeira vez, Aguinaldo articulou pouco e ruim.
E suas escolhas equivocadas terão – segundo o próprio Arthur Lira assegurou quando veio a Paraíba – consequências.
O preço será cobrado.
Não se espantem se Aguinaldo for convidado a mudar de mala e cuia para a oposição, uma situação que não lhe é nada íntima ou confortável. Refletindo em perdas de cargos, como já começa a acontecer.
Recentemente, perdeu a CBTU para Wellington Roberto.
É o começo da abertura da porteira, por onde Aguinaldo assistirá o poder lhe escorrer pelas mãos.
Sua criptonita pode ter sido uma velha conhecida dos superpoderosos:
Excesso de confiança, que sempre nubla a razão.