O médico Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos, completou nesta quarta-feira (5), três meses como foragido da Justiça. O pediatra responde judicialmente por estupro contra seis crianças.
O nome do pediatra também entrou para lista de procurados da Paraíba. A Polícia Civil da Paraíba (PCPB) tentou cumprir um mandado de prisão contra o médico no dia 5 de novembro, mas ele não foi encontrado em casa. Além da prisão, foram autorizadas buscas e apreensão de aparelhos celulares, computadores, outros dispositivos eletrônicos e fichas médicas em posse do médico.
A decisão também incluiu a quebra de sigilo de dados telefônicos e dos dados existentes nos computadores, celulares, dispositivos de informática e fichas médicas das pacientes, em poder do investigado, com a perícia das mensagens e ligações efetuadas e recebidas por meio dos aparelhos celulares, e exclusivamente referentes aos fatos investigados, ressalvada a verificação de possíveis outras atividades a justificarem investigação.
De acordo com os autos, o suspeito, durante atendimento médico, atraía as vítimas para perto dele, sem que outras pessoas estivessem por perto para testemunhar, ou mesmo se utilizava de subterfúgios para disfarçar a prática dos atos quando parentes das vítimas se encontravam no mesmo ambiente.
Relembre o Caso
Fernando Cunha Lima está sendo investigado por suspeitas de abuso sexual de crianças, com o primeiro caso denunciado envolvendo uma menina de nove anos. Segundo a mãe da vítima, o crime teria ocorrido em seu consultório médico em João Pessoa no dia 25 de julho. Após a consulta, a mãe registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Posteriormente, Gabriela Cunha Lima, a sobrinha do médico, também denunciou o suspeito publicamente. Um novo inquérito policial foi aberto para investigar novas denúncias de estupro de vulnerável supostamente cometidas pelo pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de abuso sexual infantil.
Diligências continuam
A Polícia Civil mantém as diligências para localizar o pediatra. As buscas seguem ativas, mas, até o momento, Fernando Cunha Lima não foi encontrado. A situação mantém o caso em evidência, com questionamentos sobre o equilíbrio entre a gravidade das acusações e os direitos do acusado, especialmente em um cenário de grande repercussão pública.