E então Hamlet baforou nas minhas ventas largas: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Olhei para aquele ser e concordei com a frase secular, lembrando que o mesmo está acontecendo com a extrema direita paraibana, quando o assunto é quem será o postulante do PL para disputar a prefeitura de João Pessoa em 2024.
Numa mistura de egos, desejos contidos e incontidos, a confusão no seio liberal aumenta a cada dia, para puro deleite dos futuros adversários do bloco que compõe os “adoradores de Bolsonaro”. O deputado estadual Wallber Virgolino já gritou com seus pulmões de aço o desejo velado de ser o escolhido.
O comunicador Nilva Ferreira não abre mão de ser ele, embora defenda uma conversa leal e direta com o diretório municipal, estadual e a executiva nacional. Sua intenção é chegar a uma solução final, embora o caso esteja longe de ser “um samba de uma nota só”.
Por sua vez, o deputado federal Cabo Gilberto se lançou candidato a prefeito da capital paraibana no dia 5 de agosto, cujo simbolismo foi notado, pois João Pessoa completou, exatamente na data escolhida pelo parlamentar, 438 anos de fundação. É como se ele informasse que um novo tempo chegou para os pessoenses conservadores.
E para completar o imbróglio na seara da extrema direita paraibana, o presidente do PL estadual, o deputado federal Wellington Roberto, em raciocínio parecido com o ex-presidente Jair Bolsonaro, vem defendendo de maneira incisiva o nome do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como sendo o ungido a tentar ocupar a cadeira de alcaide da outrora Filipeia de Nossa Senhora das Neves.
Fato é que a decisão mais adequada passa por uma pesquisa interna para decidir quem irá estar na “pole position” para ingressar na estrada dos tijolos amarelos, pois o Mágico de Oz não está nada satisfeito com uma direita que não se endireita em terras paraibanas.