O comunicador e pré-candidato a deputado estadual, Nilvan Ferreira (Republicanos), rebateu nesta quinta-feira (30) as declarações da deputada estadual Cida Ramos (PT) sobre a operação policial no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos, entre civis e agentes de segurança.
Durante entrevista ao Portal Fonte83, Nilvan criticou duramente a postura da parlamentar, classificando a reação dela como um exemplo do que chamou de “posição tradicional da esquerda de defender bandidos”. “A posição da esquerda sempre é de ficar ao lado dos bandidos. É a mesma esquerda que defende a legalização da maconha, o desencarceramento e que não concorda com leis mais duras no combate ao crime. O eleitor precisa ficar atento e não votar em políticos que pensam assim. Cida é do tipo de político que acha que Lula está certo quando diz que o traficante é vítima do usuário. Só existem dois lados: ou você é contra o crime, ou é a favor. E tem mais: quero perguntar à deputada Cida por que o PT não assinou o pedido de CPI no Senado Federal para investigar o crime organizado no país!”, afirmou o comunicador.
A resposta veio após Cida Ramos, presidente estadual do PT na Paraíba, fazer um discurso contundente durante sessão itinerante da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na noite da última quarta-feira (29), em Itabaiana. A deputada apresentou um voto de pesar pelas vítimas da chamada Operação Contenção, deflagrada pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, e classificou o episódio como “uma chacina, um genocídio contra negros e pobres”. “Não se pode naturalizar o assassinato de pessoas em comunidades pobres. Isso é um genocídio”, disse a petista, durante a sessão.
A operação, considerada a maior dos últimos 15 anos no Rio, deixou 115 civis e quatro policiais mortos, segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi. Outros 113 suspeitos foram presos, incluindo 33 de outros estados e dez adolescentes.
O caso provocou uma onda de críticas de entidades de direitos humanos, especialistas em segurança pública e moradores das comunidades afetadas, que denunciaram o episódio como um massacre. Já o governo fluminense sustenta que as mortes ocorreram após intensa reação armada dos criminosos.
As declarações de Cida e a reação de Nilvan ampliam a disputa ideológica entre PT e Republicanos na Paraíba, em um momento em que os dois partidos já se movimentam com vistas às eleições gerais no Brasil de 2026.
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