A crise na saúde pública de Campina Grande ganhou novos capítulos, após fortes críticas do líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Anderson Pila (PSB). Durante a sessão, o parlamentar afirmou que o problema do setor não é a falta de recursos, mas sim indícios de má gestão e suspeitas de desvio de verbas.
“O problema de Campina não é recurso, é administração. Só o Governo Federal mandou quase R$ 400 milhões este ano para o município. Quanto mais dinheiro se coloca num saco sem fundo, mais ele desaparece”, declarou Pila, acrescentando que a Secretaria de Saúde não tem prestado contas e que o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) “não aparece para dar explicações”.
As declarações vieram após o também vereador Tertuliano Maracajá (Republicanos) questionar a falta de pagamento aos servidores da Saúde, mesmo após a aprovação, na semana passada, de uma suplementação orçamentária de R$ 95 milhões. O parlamentar, que votou contra o projeto, criticou a ausência de resultados concretos e antecipou que um novo pedido de crédito adicional deve ser enviado pelo Executivo à Câmara, o nono somente em 2025, segundo ele.
Mais cedo nesta quarta-feira (5), o secretário de Saúde do município, Carlos Dunga Júnior, havia admitido que a prefeitura ainda não tem data definida para quitar os salários atrasados dos servidores. A declaração acendeu novamente o debate sobre a real situação financeira da pasta, que enfrenta cobranças de sindicatos e investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A oposição promete intensificar a fiscalização sobre a aplicação dos recursos da saúde, enquanto servidores seguem em protesto cobrando salários e condições mínimas de trabalho. No meio da turbulência política e administrativa, a pressão sobre o prefeito Bruno Cunha Lima cresce, e a crise ameaça se tornar um dos maiores desafios de seu mandato.
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