A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi oficialmente instalada no Senado Federal nessa terça-feira (4), em meio à repercussão da operação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. A ação, a mais letal da história fluminense, reacendeu o debate sobre a política de segurança pública no país e já provoca reflexos no cenário político da Paraíba.
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB), suplente na comissão, disse estar otimista com os trabalhos do colegiado, destacando o perfil técnico dos parlamentares que vão conduzir as investigações. “O presidente é o senador Fabiano Contarato, delegado de formação, assim como o relator, Alessandro Vieira. A CPI está em boas mãos”, afirmou o emedebista, em entrevista repercutida pelo programa Correio Debate, da rádio Correio 98FM.
Já o senador Efraim Filho (União Brasil–PB) aproveitou para cobrar que o tema da segurança pública seja tratado com mais seriedade também nas eleições estaduais. “No nosso estado, esse debate é quase inexistente. Nenhum dos pré-candidatos fala de segurança. Espero que a CPI traga esse tema para o centro da discussão no Brasil”, afirmou.
A CPI, proposta por Alessandro Vieira (MDB–SE), elegeu Fabiano Contarato (PT–ES) como presidente, por 6 votos a 5, derrotando o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos–RS), que ficou como vice. O colegiado tem prazo de 120 dias para apurar a estrutura e expansão de facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), além da atuação de milícias e possíveis infiltrações no poder público.
A criação da comissão ocorre em meio à pressão da opinião pública e à disputa de narrativas entre governo e oposição. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a operação no Rio como uma “matança” e defendeu a participação da Polícia Federal (PF) nas investigações das mortes. Já o governador Cláudio Castro (PL) considerou a ação “um sucesso”, afirmando que os policiais “cumpriram seu dever”.
Paralelamente, o governo federal enviou ao Congresso, em regime de urgência, o projeto de Lei Antifacção, que busca reforçar o enfrentamento às organizações criminosas e ampliar o controle sobre suas fontes de financiamento.
A CPI do Crime Organizado terá 11 titulares e 7 suplentes, com nomes de peso tanto da base governista quanto da oposição, entre eles, Flávio Bolsonaro (PL–RJ), Sérgio Moro (União Brasil–PR) e Jaques Wagner (PT–BA). A expectativa é de fortes embates políticos nos próximos meses, com repercussões diretas na disputa eleitoral de 2026.
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