Primeira audiência do caso Hytalo Santos acontece nesta terça-feira em Bayeux

Por Ingreson Derze - 04/11/2025

A primeira audiência de instrução do caso que envolve o influenciador digital Hytalo Santos e o marido dele, Israel Vicente, acontece nesta terça-feira (4), às 9h, no Fórum Criminal de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa.

De acordo com a Justiça, essa será a primeira audiência de instrução do processo que apura crimes de produção de conteúdo pornográfico com adolescentes. Testemunhas de defesa e acusação devem ser ouvidas durante a sessão.

O casal, que está preso na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, responde a um processo que gerou grande repercussão em todo o estado. Segundo a defesa, Hytalo e Israel podem ou não ser ouvidos, dependendo da decisão do magistrado responsável.

Os advogados informaram ainda que não pretendem entrar com novo pedido de habeas corpus, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado, em outubro, a solicitação de liberdade dos dois.

A 2ª Vara Mista de Bayeux aceitou parcialmente a denúncia e tornou réus Hytalo Santos e Israel Vicente — conhecido como Euro — por produção de material pornográfico com crianças e adolescentes. Parte do processo foi desmembrada, e outros crimes relacionados à exploração sexual serão analisados pela Vara Criminal de Bayeux.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), denunciou o casal pelos crimes de tráfico de pessoas, produção de material pornográfico e favorecimento da prostituição e exploração sexual de vulneráveis.

As investigações apontam que o casal mantinha um esquema estruturado e premeditado de exploração sexual, com promessas de fama e vantagens materiais para atrair adolescentes em situação de vulnerabilidade.

De acordo com o Gaeco, as vítimas eram submetidas a procedimentos estéticos e tatuagens com conotação sexual, e o casal controlava as rotinas e meios de comunicação dos jovens. O Ministério Público também pediu uma indenização por danos coletivos de R$ 10 milhões.

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