O deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) reagiu nesta segunda-feira (3) às cobranças de aliados e adversários sobre uma possível candidatura ao Governo da Paraíba em 2026. Durante entrevista ao programa Correio Debate, da rádio Correio 98 FM, o ex-prefeito de Campina Grande adotou tom cauteloso e descartou, por ora, qualquer definição.
“Eu disse que não estou mandando ninguém me aguardar. Estou focado em fortalecer meu mandato de deputado federal. Mais adiante podemos discutir, sem que eu me comprometa com ninguém agora, para evitar expectativas sobre o que é possível ou não. Prefiro trabalhar meu mandato, ampliar minha base e deixá-lo sólido, porque com um mandato forte, tudo se torna possível”, afirmou.
A fala ocorre em meio a especulações de bastidores sobre a formação de uma chapa majoritária para 2026, possivelmente encabeçada pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), tendo Romero como aliado ou vice.
Desde que deixou o Progressistas (PP) em setembro, Cícero intensificou sua aproximação com o MDB, presidido na Paraíba pelo senador Veneziano Vital do Rêgo. Sua filiação oficial à legenda está marcada para o dia 17 de novembro, às 15h, na casa de recepções Maison Blu’nelle, em João Pessoa, em evento que contará com a presença do presidente nacional do partido, Baleia Rossi.
A entrada de Cícero no MDB marca um retorno simbólico às origens, já que ele iniciou a carreira na legenda, ao lado de nomes históricos como Ronaldo Cunha Lima, Antônio Mariz e Humberto Lucena. Mais que uma mudança partidária, o movimento reacende a disputa pelo comando político da Paraíba, colocando o prefeito da Capital como figura central nas articulações para a sucessão estadual.
Reeleito prefeito pela quarta vez e com mais de três décadas de vida pública, Cícero é hoje um dos nomes mais bem avaliados no cenário paraibano, com histórico que inclui passagens pelos cargos de vice-governador, governador, senador e ministro.
Enquanto isso, Romero mantém o discurso de prudência e busca se manter no centro do jogo sem se antecipar. O deputado, que já governou Campina Grande por dois mandatos e tem bom trânsito entre diferentes grupos políticos, tenta evitar o desgaste de uma definição precoce e, ao mesmo tempo, preserva o espaço para futuras negociações. Nos bastidores, porém, a leitura é clara: a fala de Romero não fecha portas, apenas adiar o jogo.
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