O ex-deputado federal e pré-candidato ao Governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSD), falou sobre a grave crise que atinge o sistema de saúde de Campina Grande. Em entrevista concedida ao portal Fonte83 e Programa Ô Paraíba Boa, FM 100.5, Pedro demonstrou preocupação com o cenário atual e cobrou uma postura mais cooperativa por parte da gestão de João Azevêdo (PSB).
“Com muita preocupação e não tem como negar o momento difícil que a cidade atravessa. A gente precisa encontrar uma solução. Confio que essa solução está sendo trabalhada e confio que vamos atravessar essa crise”, afirmou o tucano.
Pedro criticou a ausência de repasses do governo estadual à maternidade municipal, que, segundo ele, atende quase 200 municípios do interior. “O governo do estado não repassa um centavo para a maternidade municipal. Está errado no modelo de saúde pública. É bancado só pelo município. O repasse extra do governo do estado é zero”, denunciou.
O ex-parlamentar destacou ainda que a falta de alinhamento político tem prejudicado diretamente a população. “Se tivesse uma aliança, um alinhamento de palanque, aí o governo do estado chegava junto. Isso é muito ruim. Campina tem um orçamento limitado e atende toda uma região. Isso precisa ser colocado na balança”, acrescentou.
Pedro Cunha Lima também lembrou que, apesar de o PSB governar o estado há 16 anos, poucas entregas concretas foram feitas em Campina Grande. “Se você fizer um levantamento de qual foi a entrega efetiva, Ricardo Coutinho já falava em centro de convenções em 2006, 2007… A maternidade, escuto que a obra está acontecendo, que bom que chegue. Agora, parceria com a prefeitura é o ponto que falta acontecer”, observou.
Para ele, a crise atual reflete um modelo político ultrapassado, em que o apoio do governo depende da posição partidária do gestor municipal. “Se o governo do Estado continuar com essa postura de aliado político meu eu ajudo, se for adversário não senta para conversar comigo, isso é muito ruim para o nosso estado de maneira geral. O momento que Campina atravessa também é fruto dessa postura do governo, que não consegue ser parceiro da cidade”, concluiu.
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