Os vereadores de oposição em Campina Grande protocolaram, nesta quarta-feira (22), pedido de abertura de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Saúde, durante sessão na Câmara Municipal. O avanço da medida agora depende da análise e decisão do presidente da Casa, Saulo Germano (Podemos).
Segundo o vereador Anderson Pila, o prefeito perdeu a oportunidade de renunciar durante o aniversário da cidade, alegando incapacidade de gestão. Pila destacou o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e alegou que, apesar de ingressarem recursos federais, os repasses não têm sido efetivados pelo Fundo Municipal de Saúde.
O parlamentar criticou a paralisação de serviços e atrasos que afetam instituições conveniadas e reafirmou a necessidade da CPI para acesso às informações e responsabilizações, apontando diversas irregularidades a serem investigadas.
Encerrando a sessão, Pimentel Filho lamentou a falta de respostas do Executivo e a inédita desobediência a convocações aprovadas pela Câmara. Ele reforçou que o bloqueio do FPM e as ações judiciais envolvendo hospitais evidenciam a gravidade da crise. Pimentel criticou ainda a ausência de celebrações no aniversário da cidade, questionou empréstimos municipais e conclamou a Casa a garantir o cumprimento das convocações. Sobre a CPI, pediu que a Câmara avalie sua abertura, considerando inadmissível a continuidade do silêncio institucional.
O pedido de abertura da CPI ocorre em um contexto já denunciado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), Franklyn Barbosa, em entrevista ao programa Ô Paraíba Boa. Ele relatou que prestadores de serviço da saúde estão sem receber salários desde agosto, com relatos de trabalhadores passando fome.
Franklyn alertou que os atrasos atingem também servidores efetivos, com atraso recorrente há quase um ano, e criticou a gestão municipal: “É como se o prefeito tivesse desistido de governar a saúde municipal. Todos os servidores da saúde, efetivos e prestadores de serviço, não têm mais segurança sequer de receber seus salários”.
O sindicalista reforçou que, durante visitas aos locais de trabalho, tem ouvido pedidos de socorro de prestadores que não têm mais nada em casa, evidenciando a crise profunda na saúde municipal de Campina Grande, que coloca em risco a segurança e o sustento de centenas de trabalhadores dedicados ao atendimento da população.
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