Gervásio Maia critica oposição após Câmara barrar taxação das bets e fintechs: “Defenderam bilionários”

Por Ingreson Derze - 09/10/2025

Na imagem, o deputado federal Gervásio Maia (PSB) .

A polêmica sobre a rejeição da Medida Provisória que previa a taxação de plataformas de apostas esportivas, fintechs e outras operações financeiras continua rendendo repercussão no cenário político.

Durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio FM (98.3), nesta quinta-feira (9), o deputado federal Gervásio Maia (PSB) criticou duramente a oposição, classificando a sessão da Câmara que derrubou a proposta como “uma noite lamentável”.

Segundo o parlamentar, a decisão de barrar a MP — articulada por partidos do Centrão e pela oposição — representou uma derrota para o país. “Uma noite lamentável, a oposição deu uma péssima contribuição com o país. A medida provisória, se tivesse sido aprovada, seria ampliar a carga tributária sobre bets, bancos e bilionários. Nosso modelo tributário ainda é um dos mais injustos do planeta Terra”, declarou.

A Medida Provisória do governo Lula (PT), que previa aumento de tributação sobre o setor financeiro e sobre as chamadas “bets”, foi retirada de pauta na noite de quarta-feira (8), por 251 votos a 193. Com isso, a proposta perde validade automaticamente, sem sequer ter sido votada no mérito.

A votação mostrou um retrato claro da divisão política entre os parlamentares paraibanos:

  • Contra a retirada (a favor da MP): Gervásio Maia (PSB), Luiz Couto (PT), Murilo Galdino (Republicanos), Romero Rodrigues (Podemos) e Wilson Santiago (Republicanos).

  • A favor da retirada (contra a MP): Cabo Gilberto Silva (PL) e Wellington Roberto (PL).

  • Ausentes: Aguinaldo Ribeiro (PP), Damião Feliciano (União), Mersinho Lucena (PP) e Ruy Carneiro (Podemos).

    O deputado Hugo Motta (Republicanos) não votou por estar presidindo a sessão.

Para Gervásio Maia, a rejeição da MP demonstra que parte do Congresso ainda prefere proteger grandes grupos econômicos em vez de corrigir distorções tributárias que penalizam a população mais pobre.

“Enquanto o governo tenta corrigir desigualdades e garantir isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a oposição atua em sentido contrário, defendendo privilégios de bilionários”, reforçou o parlamentar.

A fala do socialista repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões entre aliados e críticos do governo.