Ex-vereador Cícero Buchada perde cargo na Câmara de Campina Grande após envolvimento em suspeita de trabalho escravo

Por Ingreson Derze - 09/10/2025

O ex-vereador Cícero Rodrigues da Silva, mais conhecido como Cícero Buchada, foi exonerado do cargo de assessor parlamentar comissionado da Câmara Municipal de Campina Grande após ter seu nome divulgado em uma lista do Ministério do Trabalho que aponta empregadores que supostamente submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. A exoneração ocorreu ainda no dia 30 de setembro, conforme informou a Mesa Diretora da Casa.

Segundo o comunicado oficial, a decisão foi tomada imediatamente após a divulgação da lista, mesmo respeitando o princípio da presunção de inocência. A medida busca garantir que Cícero possa promover sua defesa sem qualquer vínculo com a Câmara, que afirma reger-se pela plena legalidade e moralidade, respeitando os direitos dos cidadãos e trabalhadores.

“A despeito da devida consideração à presunção de inocência, resolvemos determinar o desligamento do assessor tendo em vista tratar-se de função de confiança, e para que, diante dos fatos, possa o mesmo promover sua defesa sem qualquer vinculação à Casa de Félix Araújo”, destacou o presidente da Câmara, Saulo Germano.

Cícero Buchada, que já exerceu mandato como vereador, agora enfrenta um desgaste político significativo. A exoneração expõe a Câmara a questionamentos sobre a fiscalização de seus próprios assessores e reforça o debate sobre a responsabilidade ética e legal de servidores comissionados.

Ainda não há posicionamento público de Cícero Buchada sobre a exoneração, mas a repercussão promete movimentar o cenário político campinense, especialmente entre aqueles que acompanharam sua trajetória como parlamentar.

Câmara Municipal de Campina Grande – Nota

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campina Grande informa que, ao tomar ciência da presença do nome do assessor parlamentar comissionado Cícero Rodrigues da Silva em lista do Ministério do Trabalho de empregadores que supostamente submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, imediatamente efetivou sua exoneração, o que ocorreu ainda no último dia 30 de setembro.

Ressalta a Mesa Diretora que, a despeito da devida consideração à presunção de inocência, resolveu determinar o desligamento do assessor tendo em vista tratar-se de função de confiança, e para que, diante dos fatos, possa o mesmo promover sua defesa sem qualquer vinculação à Casa de Félix Araújo, a qual, por sua natureza e desiderato, rege-se pela plena legalidade e moralidade, respeitando e buscando promover a total observância aos direitos dos cidadãos, dos trabalhadores e à ampla e irrestrita dignidade da pessoa humana.

Campina Grande, PB – 08 de outubro de 2025

Saulo Germano
Presidente