Em meio ao estremecimento da base aliada provocado pela saída do prefeito Cícero Lucena (sem partido) do Progressistas, o vereador Odon Bezerra (PSB), líder do governo na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), garantiu nesta quinta-feira (2) que continua firme no PSB e descartou qualquer possibilidade de mudança de legenda.
“Vejo que há uma antecipação bastante significativa — estamos a mais de um ano das eleições — para esse tipo de discussão. Pelo menos aqui no nosso plenário, mantenho a coerência de sustentar o governo do prefeito Cícero Lucena, assim como defendo a gestão do governador João Azevêdo, até porque ele é do meu partido. Isso está bastante claro para a população, não apenas o meu posicionamento, mas também o de Leo e de Hervázio. De forma nenhuma, nem cogito essa possibilidade de deixar o PSB. Estou muito satisfeito com o partido que me elegeu e com o qual sigo”, afirmou o parlamentar, em entrevista após a sessão da Casa de Napoleão Laureano, com repercussão no programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM.
A fala de Odon surge como resposta direta às cobranças de aliados do governador João Azevêdo (PSB), que passaram a exigir um posicionamento mais claro de figuras próximas a Cícero, após o prefeito oficializar sua saída do PP, no início de setembro e lançar-se como pré-candidato ao Governo da Paraíba em 2026.
A movimentação de Cícero foi classificada internamente no PP como um “impulso individualista” e causou incômodo entre os socialistas, que defendem o nome do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) como sucessor natural de Azevêdo.
Nos bastidores, cresce a expectativa de que Cícero desembarque no MDB, partido comandado na Paraíba pelo senador Veneziano Vital do Rêgo. As conversas entre os dois são frequentes e há especulação sobre uma chapa conjunta para a eleição do próximo ano.
Enquanto o prefeito articula um novo abrigo partidário, Odon segue tentando equilibrar-se no meio do fogo cruzado. Com discurso firme de fidelidade ao PSB e sem sinalizar distanciamento de Cícero, o líder governista na Câmara parece apostar no jogo da diplomacia — ao menos por enquanto.
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