Enquanto o país ainda respira os protestos contra a chamada PEC da Blindagem, surge em Brasília mais uma pauta explosiva: o aumento do “fundão” eleitoral para as eleições de 2026. E quem está no centro dessa articulação é o deputado paraibano Gervásio Maia (PSB), relator da proposta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O texto tramita na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e pode ser votado já nos próximos dias. Se aprovado, abre caminho para que os partidos recebam cifras ainda maiores do que as destinadas em 2022 e 2024, quando o fundo chegou a R$ 4,9 bilhões.
A ideia é corrigir os valores pela inflação e ampliar o caixa das legendas, mesmo diante do desgaste da classe política com a opinião pública. Para muitos deputados, a articulação soa como uma bomba-relógio: “Estamos sendo jogados de novo contra a sociedade”, reclamou um parlamentar em reserva.
A insatisfação atinge até o chamado “baixo clero”, que teme novo desgaste popular após já ter sido exposto na votação da PEC da Blindagem, derrubada no Senado. A leitura é que a manobra pode incendiar as ruas e transformar a eleição de 2026 em um palco de revolta contra o Congresso.
Nos bastidores, a pressão do Centrão é forte para garantir mais dinheiro público nas campanhas. Mas a resistência cresce na mesma proporção da indignação popular, que promete voltar às ruas caso o fundão seja turbinado.
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