Em declarações que destoam da orientação nacional de seu partido, o vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP), afirmou nesta sexta-feira (8) que não abrirá mão de disputar o Governo do Estado em 2026 e que manterá aliança política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem declarou total apoio para a reeleição garantindo palanque para reeleição no próximo ano.
Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, Lucas foi enfático ao reforçar a continuidade do projeto iniciado ao lado do governador João Azevêdo (PSB), que conta com o apoio do governo federal desde 2023. “Nosso governo já tem o presidente Lula. Governamos com ele, com apoio dele, e fomos em cada canto da Paraíba pedir voto para ele nas últimas eleições”, afirmou.
Lucas é filiado ao Progressistas (PP), partido que integra uma federação com o União Brasil — alinhado nacionalmente a setores da direita e que, em algumas regiões, flerta com o bolsonarismo. Na Paraíba, por exemplo, o senador Efraim Filho (União Brasil–PB) tenta assumir o controle do grupo e já recebeu o apoio público da ex-primeira-dama Brasil Michelle Bolsonaro (PL).
Caminho independente e foco em obras federais
Mesmo com o desconforto que a posição pode causar dentro da federação, Lucas não recuou. Ele ressaltou a importância da parceria com o governo Lula para impulsionar investimentos na Paraíba e destacou como exemplo a policlínica de Campina Grande, cuja licitação já está em andamento com recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).“É um governo que dialoga, que tem proximidade e que traz investimentos concretos para a população. Vamos seguir juntos, porque essa aliança tem dado resultados reais para os paraibanos”, pontuou.
Lucas, que é filho da senadora Daniella Ribeiro (PP), tenta consolidar sua pré-candidatura ao Palácio da Redenção com o apoio do grupo político liderado por João Azevêdo. Por outro lado, o PP nacional tende a caminhar mais à direita, especialmente com as movimentações recentes do União Brasil e seus aliados.
A disputa pelo comando da federação no estado — entre o grupo de Lucas e o de Efraim Filho — deve se intensificar nos próximos meses, à medida que a eleição de 2026 se aproxima.
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