Com 2026 ainda distante no calendário eleitoral, os movimentos de bastidores já começam a agitar a cena política paraibana. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM nesta quarta-feira (18), o vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP), negou que tenha ocorrido qualquer reunião para discutir uma eventual composição de chapa visando a sucessão do governador João Azevêdo (PSB).
“Na verdade, não teve esse encontro. O que houve foram apenas posicionamentos, como o da senadora Daniella Ribeiro”, esclareceu o vice-governador, ao comentar as especulações recentes sobre a disputa pelo Palácio da Redenção.
Apesar de afastar qualquer articulação formal, Lucas Ribeiro tem sido figura presente em agendas estratégicas do governo e é apontado como um dos nomes mais promissores da base aliada para a disputa estadual. A movimentação ganhou força após o próprio governador João Azevêdo admitir, publicamente, que considera disputar uma vaga no Senado Federal — seu chamado “plano A” para 2026. Como Azevêdo está no segundo mandato, a sucessão no Executivo estadual é inevitável.
Caso Azevêdo confirme a candidatura ao Senado e se afaste do cargo, Lucas, na condição de vice, assumirá o governo e poderá concorrer à reeleição, impulsionado pela máquina estadual. O movimento já seria um trunfo considerável na corrida eleitoral.
Outro ponto que tem chamado atenção é a estratégia da família Ribeiro. Lucas reafirmou o que já havia sido ventilado em 2023: caso ele seja candidato ao governo, a senadora Daniella Ribeiro, sua mãe, não tentará a reeleição ao Senado. “Já tínhamos deixado claro desde o ano passado: se Lucas for candidato, Daniella não será, e o contrário também”, reforçou o vice-governador.
A senadora, por sua vez, já admitiu publicamente que pode abrir mão da disputa ao Senado em favor da pré-candidatura do filho.
Sucessão em aberto
Além de Lucas Ribeiro, outros nomes despontam como possíveis candidatos à sucessão de Azevêdo. Entre eles estão o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos); o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP); e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos).
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