55% dos brasileiros considera justa prisão domiciliar de Bolsonaro, enquanto 39% consideram injusta, aponta pesquisa da Quaest

Por Fonte83 - 25/08/2025

Jair Bolsonaro em prisão domicilar

Uma pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que a maioria dos brasileiros avalia como justa a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o levantamento, 55% aprovam a medida, enquanto 39% a consideram injusta. Outros 6% não souberam ou não responderam.

A decisão de Moraes foi tomada em 4 de agosto, após o magistrado apontar descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de se manifestar em redes sociais, além do uso obrigatório da tornozeleira eletrônica.

Perfil dos entrevistados

A aprovação da medida é maior entre eleitores de esquerda não lulistas (93%), apoiadores de Lula no 2º turno de 2022 (84%), moradores do Nordeste (65%), pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos (62%) e católicos (62%). Também há maioria de aprovação entre jovens de 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e pessoas com até o ensino fundamental (56%).

Já a rejeição à prisão se concentra entre bolsonaristas (87%), eleitores de Bolsonaro no 2º turno de 2022 (83%) e evangélicos (57%).

Vídeo com apoiadores é visto como provocação

Outro ponto destacado pela pesquisa é a participação de Bolsonaro em uma chamada de vídeo durante ato de apoiadores no dia 3 de agosto, fato citado por Moraes ao determinar a prisão. Para 57% dos entrevistados, a atitude foi uma provocação proposital ao ministro do STF. Outros 30% acreditam que o ex-presidente não compreendeu as restrições impostas e errou, enquanto 13% não souberam responder.

Percepção pública e julgamento no STF

O levantamento mostra ainda que 84% da população já tinham conhecimento da prisão domiciliar de Bolsonaro. Além disso, 52% dos entrevistados afirmam acreditar que o ex-presidente participou do plano de tentativa de golpe, um aumento em relação aos 49% registrados em março. Já 36% responderam que não, e 10% disseram não saber.

Sobre o julgamento marcado para o dia 2 de setembro no Supremo Tribunal Federal, 86% dos entrevistados afirmaram estar cientes, frente a 14% que disseram ter tomado conhecimento apenas agora. O índice de conhecimento sobre o processo cresceu desde março, quando era de 73%.

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de agosto.

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